As dez características fundamentais para ser um obreiro aprovado

01/10/2016 17:49

"Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e inteligência". Jeremias 3:15.

Prezados irmãos. Infelizmente, nos últimos tempos, têm surgido clamores nas igrejas, onde a conduta de vários pastores é completamente contrária à Palavra de Deus. Por esta razão faz-se necessário uma exposição resumida dos princípios Bíblicos acerca desta questão, uma vez que entendemos que devemos ser  apascentados por pastores experimentados e aprovados por Jesus Cristo o nosso Sumo Pastor.

I - Princípio Bíblico de Liderança.

1.     A palavra pastor nunca aparece na Bíblia como sendo uma autoridade absoluta, e sim, como um ministério. Em Atos 20:28 aprendemos que os presbíteros da igreja deveriam pastorear o rebanho. “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue,"

No Novo Testamento não se conhece um sistema onde uma só pessoa tem essa responsabilidade, que sempre era atribuída a vários presbíteros. Pastorear não é exercer um cargo exclusivo; e sim, atuar conjuntamente e ministerialmente do estado espiritual daqueles que foram salvos por Cristo Jesus.

Atos 14:23 vemos que estes presbíteros eram eleitos "E, promovendo- lhes em cada igreja a eleição de presbíteros (plural) depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido"

Também em Tito 1:5 b ". .. bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi."

O Novo Testamento desconhece totalmente um sistema onde um pastor tem o comando e os outros têm a obrigação de obedecer, na igreja de Cristo. Notem que em todas as citações acima as Escrituras nos  ensina que uma igreja deve ter vários presbíteros (anciãos); e que eles, em conjunto, têm a responsabilidade de pastorear o rebanho de Deus. Naturalmente numa igreja nova, como é o caso da congregação que está na Praça do Sol em Sumaré – SP, onde congrego, levará anos para se chegar a um número razoável de presbíteros; mas este deverá ser sempre o objetivo desta igreja.

Evidentemente haverá a necessidade de um dentre, os presbíteros, normalmente o pastor, dirigir a congregação mas a responsabilidade pastoral recai sobre todo o presbitério. Qualquer inciativa com o propósito de exercer o comando sobre todos os outros é carnal e anti-bíblico; conforme podemos ver em Atos 20:17 e 28, mais adiante.

As diferenças entre uma liderança dentro dos princípios bíblicos e outra dentro dos princípios egoístas e carnais são explicadas com bastante detalhes, tanto no Velho como no Novo Testamento.

Permitam-me fazer uma comparação entre os dois tipos de pastores:

Quais são as características de um "pastor” infiel?

1.      Não busca ao Senhor para saber a sua vontade: "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscam ao Senhor; por isso não prosperam, e todos os seus rebanhos se acham dispersos. Jeremias 10:21. O "pastor” que não se orienta pela Palavra de Deus pode manter o domínio sobre o rebanho por algum tempo mas aos poucos o rebanho vai se dispersando.

2.     Ele apascenta a si mesmo: "Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos de lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. "Ezequiel 34:2-3. O "pastor" infiel sempre está interessado em defender os seus direitos - seu salário, seu dia de descanso, sua privacidade, sua família. Gasta a maior parte do tempo cuidando de seus próprios interesses.

3.      Ele não apascenta as ovelhas: " A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não li gastes, a desgarrada não tomastes a trazer e a perdida não buscastes... Ezequiel 34:4. O "pastor" infiel faz poucas visitas aos membros, deixa os fracos na sua fraqueza, deixa os “feridos espirituais" sem cuidar da sua recuperação e não vai atrás dos que estão se afastando. Mesmo quando procurado, sempre acha alguma desculpa para não atender aos que necessitam de cuidado espiritual. Ele não quer ser perturbado em seu descanso. Mas faz questão de um bom salário. Quando faz visitas. costuma visitar não os que necessitam, mas os que o apóiam na sua posição.

4.      Ele exerce domínio sobre o rebanho: "Mas dominais sobre elas com rigor e dureza" Ezequiel 34:4b. O "pastor” infiel age como se fosse dono da igreja e considera a obrigação de todos os demais como sendo a mera obediência às suas ordens. Ele desobedece frontalmente a ordem de Deus: "Não como dominadores sobre o rebanho...". I.Pedro 5:3.

5.     Ele quer ter a primazia: "Escrevi alguma cousa à Igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida." III.João 9. O "pastor" infiel, não quer ser um servo da Igreja (II Coríntios 4:5), mas quer ser um chefe na igreja. Não aceita ser um co--presbítero com os outros (I Pedro 5:1) mas quer ser um chefe-presbítero. Ele é obstinado pelo poder. E por isso não costuma ler cartas quando outros escrevem para ajudar (III. João 9) para não perder o seu domínio sobre a igreja.

6.      Ele não dá acolhida na igreja a pessoas que não apóiam a sua ditadura: "Não nos dá acolhida" III. João 9b. Ele faz de tudo para evitar qualquer contato de membros com pessoas de fora que poderiam ajudar a igreja a retornar aos princípios bíblicos.

7.      Ele difama e faz calúnias contra pessoas que tentam ajudar a igreja: ". . . proferindo contra nós palavras maliciosas" III João 10b 

Ele não pode provar com a Bíblia que está certo, então procura desacreditar outros obreiros que poderiam ajudar, levantando calúnias contra eles.

8.     Proíbe a igreja de manter contato com pessoas que não apóiam a sua posição anti-bíblica. "E não satisfeito com estas causas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los... "III. João 10b Ele faz de tudo para isolar qualquer pessoa que poderia ameaçar o seu domínio.

9.     Expulsa os insubmissos à sua ditadura da igreja: "E os expulsa da igreja". III. João 10c. O "pastor" infiel não tem a mínima preocupação com a manutenção de membros da igreja que poderiam ameaçar a sua autoridade. Não faz nenhum trabalho espiritual de recuperação, não segue os princípios de Mateus 18,15-17 -simplesmente se quer ver livre dos que não apóiam a sua posição autoritária - e os expulsa sumariamente.

·        Consequências para a igreja que tolera um pastor infiel:

Os membros se espalham: "Assim se espalham, por não haver pastor, e se tomaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes, e por todo o elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque". Ezequiel 34:5-6  - Numa igreja onde Cristo, o cabeça, é dissubstituído por um “pastor” ditador, fatalmente o rebanho se espalhará.

·        Conseqüências para os “pastores” infiéis.

Deus vai dar termo ao seu pastoreio: "Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores, e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo ao seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto. Ezequiel 34:10. Um pastor ditador pode se manter por algum tempo no trono, porém o dia vem quando Deus mesmo o afastara do seu ministério.

Convém lembrar mais uma vez que toda a liderança da igreja é responsável perante Deus quando permite que se crie uma situação destas. A toda a liderança é atribuída o cuidado pelo rebanho (Atos 20:17 a 28)  e cada um dará contas a Deus pelas pessoas que foram espalhadas.

Aos membros e igrejas cujos guias realmente velam pelas vossas almas queremos deixar o texto de Hebreus 13:17 "Obedecei aos vossos guias (plural) e sede submissos para com eles: pois velam por vossas almas como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não vos aproveita a vós outros”.

Aos obreiros recomendamos que examinem o seu ministério e se tem procedido de tal forma que. Por sua causa, os membros se espalharam, que tenham a humildade de confessar o seu pecado e procurar reintegrar os que foram dispersos. Pois, conforme lemos em Hebreus 13.17 “nós obreiros, daremos contas a Deus pelas almas dos que nos foram confiados”.

A Paz do Senhor para todos

 

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